sexta-feira, 31 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Minha pequena coleção de super Heroes
terça-feira, 28 de julho de 2009
Alice in Wonderland, dirigido por Tim Burton.
Johnny Depp (Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet) interpreta o Chapeleiro Maluco no longa, que ainda conta com Michael Sheen (A Rainha), como o Coelho Braco, Crispin Glover (A Lenda de Beowulf), como o Valete de Copas, e Helena Bonham Carter (Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet), que será a Rainha de Copas (veja também a galeria de imagens).
Anne Hathaway é a Rainha Branca, personagem bondosa que é aprisionada pela malvada Rainha de Copas.
Johnny Depp interpreta o Chapeleiro Maluco, um personagem biruta, excêntrico, tomando chá em seu mundo à parte
a Rainha de Copas, personagem autoritária que corta as cabeças dos súditos desobedientes. Saiba mais sobre o filme
Mia Wasikowska é Alice, uma menina que adormece no jardim de sua casa e, ao perder seu gato, cai em um mundo fantástico
Johnny Depp interpreta o Chapeleiro Maluco, um personagem biruta, excêntrico, tomando chá em seu mundo à parte
a Rainha de Copas, personagem autoritária que corta as cabeças dos súditos desobedientes. Saiba mais sobre o filme
Mia Wasikowska é Alice, uma menina que adormece no jardim de sua casa e, ao perder seu gato, cai em um mundo fantástico
Na história original, o Valete (Glover) é acusado de roubar as tortas da Rainha de Copas (Helena) e é defendido por Alice (Mia Wasikowska). A Rainha Branca (Anne Hathaway, de O Casamento de Rachel) é uma monarca benevolente deposta e banida por sua irmã, a Rainha Vermelha. A Rainha Branca precisa da ajuda de Alice para combater uma criatura conhecida como Bandersnatch. A estreia de Alice in Wonderland está marcada para 10 de março de 2010.
domingo, 26 de julho de 2009
naquele texto emocionado no texto abaixo:
CARTA A CLINT EASTWOOD
Caro Clint
Já faz algumas horas que assisti a “Gran Torino”, e continuo tão impactado pelo filme que decidi, ao invés de fazer a crítica, lhe escrever esta carta. Ao contrário de Walt, seu personagem, não tenho medo de me confessar. Me desculpe, mas neste momento não conseguirei atingir o distanciamento emocional e a frieza analítica que muitos julgam necessários para o exercício crítico. Se eu meramente dissecasse aspectos técnicos, artísticos e estéticos de “Gran Torino”, não estaria fazendo jus à maneira como absorvi seu filme.
Tenho por hábito evitar qualquer informação mais detalhada sobre um filme antes de assisti-lo. A única coisa que sabia de “Gran Torino” era que você havia declarado que seria sua despedida como ator. Nada mais justo que você tivesse direito à aposentadoria, depois de tantas décadas de personagens inesquecíveis, como o cavaleiro solitário dos faroestes de Sergio Leone, o implacável Dirty Harry, os sábios durões de seus filmes pós-“Os Imperdoáveis”. Se serve de consolo, você está cada vez melhor como diretor, e parece que planeja continuar dirigindo.
Desde a primeira cena de “Gran Torino”, na missa pela recém-falecida mulher de Walt, o filme já começa a nos ganhar com as mesmas características reconhecíveis em seus melhores trabalhos: a narrativa clássica, os movimentos de câmera sem firulas nem maneirismos, tudo a serviço de uma história consistente, sólida, em que o que se está contando tem tanta importância quanto quem está dando vida a ela, na frente e atrás das câmeras. Não sei se você vai concordar comigo, mas o comportamento de Walt com o jovem “china” me lembrou muito a rude doçura de Takeshi Kitano.
Mal tinham transcorrido sei lá, uns 20 minutos, e eu, como espectador, já estava absorto pelo personagem de Walt Kovalski. Que poder de síntese você tem, Clint, para em tão pouco tempo nos tornar tão próximos de sua criação. Após aquela cena brilhante em que Walt livra a menina da ameaça da gangue de negros, eu já estava profundamente emocionado. Menos pelo que a cena representava em si, e mais pelo significado da sua presença ali. Naquele momento caiu a ficha de que podia ser a última vez que eu era presenteado com uma performance inédita de Clint Eastwood. E o prazer que a sua atuação proporcionava me lembrava do fascínio que o cinema ainda pode exercer sobre mim.
Os olhos cheios de lágrimas eram conseqüência da sensação, cada vez mais rara, de ter o privilégio de estar testemunhando, no tempo presente, algo histórico como a despedida de um mito. Ainda mais porque “Gran Torino” não é apenas um filme sobre a inevitabilidade da morte, reiterada a todo instante. “Gran Torino” é também um filme sobre alguém que prepara a sua despedida. Uma despedida triunfal em virtude das conseqüências geradas por ela, mas também uma despedida triste e desesperada frente à constatação de que não há maneira melhor para tentar consertar um mundo de tantas coisas erradas, um mundo onde o Saber virou arma inútil e inofensiva.
Que bom que você ainda consegue enxergar espaço neste mundo para seguir trabalhando como diretor. Você ainda tem muito o que dizer. Se esta foi realmente a sua despedida como ator, saiba que não poderia ter sido mais à altura de tudo o que você representa. Com “Gran Torino”, você conseguiu reacender em mim a crença de que o cinema ainda pode emocionar de forma sincera. E isso, acredite, não é pouco.
Obrigado, Clint.
Caro Clint
Já faz algumas horas que assisti a “Gran Torino”, e continuo tão impactado pelo filme que decidi, ao invés de fazer a crítica, lhe escrever esta carta. Ao contrário de Walt, seu personagem, não tenho medo de me confessar. Me desculpe, mas neste momento não conseguirei atingir o distanciamento emocional e a frieza analítica que muitos julgam necessários para o exercício crítico. Se eu meramente dissecasse aspectos técnicos, artísticos e estéticos de “Gran Torino”, não estaria fazendo jus à maneira como absorvi seu filme.
Tenho por hábito evitar qualquer informação mais detalhada sobre um filme antes de assisti-lo. A única coisa que sabia de “Gran Torino” era que você havia declarado que seria sua despedida como ator. Nada mais justo que você tivesse direito à aposentadoria, depois de tantas décadas de personagens inesquecíveis, como o cavaleiro solitário dos faroestes de Sergio Leone, o implacável Dirty Harry, os sábios durões de seus filmes pós-“Os Imperdoáveis”. Se serve de consolo, você está cada vez melhor como diretor, e parece que planeja continuar dirigindo.
Desde a primeira cena de “Gran Torino”, na missa pela recém-falecida mulher de Walt, o filme já começa a nos ganhar com as mesmas características reconhecíveis em seus melhores trabalhos: a narrativa clássica, os movimentos de câmera sem firulas nem maneirismos, tudo a serviço de uma história consistente, sólida, em que o que se está contando tem tanta importância quanto quem está dando vida a ela, na frente e atrás das câmeras. Não sei se você vai concordar comigo, mas o comportamento de Walt com o jovem “china” me lembrou muito a rude doçura de Takeshi Kitano.
Mal tinham transcorrido sei lá, uns 20 minutos, e eu, como espectador, já estava absorto pelo personagem de Walt Kovalski. Que poder de síntese você tem, Clint, para em tão pouco tempo nos tornar tão próximos de sua criação. Após aquela cena brilhante em que Walt livra a menina da ameaça da gangue de negros, eu já estava profundamente emocionado. Menos pelo que a cena representava em si, e mais pelo significado da sua presença ali. Naquele momento caiu a ficha de que podia ser a última vez que eu era presenteado com uma performance inédita de Clint Eastwood. E o prazer que a sua atuação proporcionava me lembrava do fascínio que o cinema ainda pode exercer sobre mim.
Os olhos cheios de lágrimas eram conseqüência da sensação, cada vez mais rara, de ter o privilégio de estar testemunhando, no tempo presente, algo histórico como a despedida de um mito. Ainda mais porque “Gran Torino” não é apenas um filme sobre a inevitabilidade da morte, reiterada a todo instante. “Gran Torino” é também um filme sobre alguém que prepara a sua despedida. Uma despedida triunfal em virtude das conseqüências geradas por ela, mas também uma despedida triste e desesperada frente à constatação de que não há maneira melhor para tentar consertar um mundo de tantas coisas erradas, um mundo onde o Saber virou arma inútil e inofensiva.
Que bom que você ainda consegue enxergar espaço neste mundo para seguir trabalhando como diretor. Você ainda tem muito o que dizer. Se esta foi realmente a sua despedida como ator, saiba que não poderia ter sido mais à altura de tudo o que você representa. Com “Gran Torino”, você conseguiu reacender em mim a crença de que o cinema ainda pode emocionar de forma sincera. E isso, acredite, não é pouco.
Obrigado, Clint.
A TROCA
Finalmente assisti ontem à noite, em DVD, “A Troca”, de Clint Eastwood. O filme me faz reforçar tudo que disse naquele texto emocionado sobre “Gran Torino”, e me deixou impressionado com a vitalidade de Clint por trás das câmeras. Que vigor narrativo seu filme tem! Praticamente tudo ali poderia ter recebido um tratamento banal, típico daqueles filmes que se escoram na premissa “baseado em fatos reais” como se isso bastasse para garantir qualidade. A mãe em busca do filho desaparecido, a polícia corrupta, o hospital psiquiátrico que é um centro de torturas, o serial killer debochado… já vimos isso milhares de vezes no cinema hollywoodiano, mas Clint Eastwood, mesmo sem abrir mão de seu estilo narrativo clássico, consegue fazer com que tudo pareça tão fresco, envolvendo o espectador e despertando nele a capacidade de se indignar com as injustiças mostradas na tela.
Nos extras do DVD, há um pequeno “making of” em que os atores elogiam o jeito peculiar de Clint Eastwood dirigi-los: ao invés de gritar “ação!”, ele simplesmente diz, baixinho, “vamos lá, prossiga, fulano”, de forma que o ator embarque na cena com mais naturalidade. O próprio Clint explica que aprendeu isso nos filmes de western que fez, em que o diretor (Sergio Leone?) não gritava “ação!” para não assustar os cavalos, apenas pedia aos atores que prosseguissem seus movimentos naturais para que a câmera fosse ligada. Dá certo. Eastwood costuma trabalhar com um ou dois nomes conhecidos no elenco, mas o conjunto de atores de seus filmes sempre tem atuações destacadas. Em “A Troca” não é diferente.
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